quinta-feira, 17 de março de 2011
O amor é cego.
Você pode dizer que sim, e quando falamos de amor, muitas coisas vão além da nossa compreensão. Casais desproporcionais tanto fisicamente quanto emocionalmente, estão ai para provar que os opostos se atraem e que o amor pode mesmo ser muito é do cego, ou burro ou sem lógica alguma. A pergunta é: até que ponto usamos esta desculpa para nos afundarmos em relacionamentos desastrosos?
Digo isso por que é muito comum após o fim do namoro, pararmos um tempo para analisarmos em como a coisa toda se deu. Mas comum ainda é nos prostramos como vítimas repetindo o mantra: “Ele não era assim no começo, como pode uma pessoa mudar tanto?”
Será? Será que ele realmente era a perfeição ou seu desespero para mudar seu status no Facebook deixou seus olhos meio preguiçosos?
Eu sei que no começo do namoro é tudo muito bom, tudo muito lindo, como diria Caetano e, ainda estamos jogando o jogo do “eu vou tentar impressionar você” e por algum tempo deixamos nossos comportamentos mais duvidosos debaixo do tapete. Só que é impossível fingir o tempo todo, vez ou outra algo sempre vem à tona e são nas pequenas atitudes que se encontram grandes surpresas. É clichê, mas é pura verdade!
Dar-lhe-ei um exemplo, um dos mais comuns se quer saber, seu ex fala muito mal da ex namorada e você se sente nas nuvens achando que ela já é passado e finge não se dar conta de que ela se faz tão presente na relação quanto você. Só percebe quando ele resolve terminar com você e voltar para os braços dá, até então, megera. Daí você vai desperdiçar meses, lágrimas e ombros amigos tentando entender como pode alguém ser tão dissimulado a ponto de odiar com unhas e dentes a ex e voltar com ela. Mas o ódio foi ele que pintou. Pintou todos os dias com cores gritantes e você foi a única que não viu, aliás, não quis ver. Por que quando a gente superou alguém, ela deixa de ser assunto. Nem ódio, nem amor são exaltados.
O mesmo vale para aquele cara que é um amor com você, mas trata mal a família, o garçom e o cara na fila do cinema. Hora ou outra ele vai te tratar do mesmo jeito e você vai acabar pensando: “Mas eu não entendo, ele era tão fofo!”. A fofura dele era proporcional a sua cegueira.
Então volto a questão: o amor é mesmo cego ou nós é que carregamos vendas em caso de urgência? Se você já sabe a resposta para esta pergunta, o mínimo que pode fazer é encarar o próximo término – não que eu esteja desejando o fim do seu namoro- com pouco mais de maturidade. Assim, quando estiver próxima de uma cegueira momentânea, você pode fazer uso das suas lentes de contato!
Citando Caio Fernando Abreu “Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é”.
E isso se chama desespero, o amor? Ah, o amor é outra coisa!
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