quinta-feira, 14 de abril de 2011
Entre Aspas-Felicidade é uma questão de atitude!
E um dia eu decidi dispensar o carro e ir caminhando algumas quadras até o banco. Estacionamento na cidade às vezes consegue ser um saco. Salto alto, cabelos presos, óculos grandes e música boa tocando no ipod, minha energia transcendia e vinha bem sei lá de onde. O dia estava lindo, tinha um solzinho e um vento de leve.
Fila bem grande, pessoas estressadas, eu no final. Sorrindo. E a canção era tão boa. Bem árabe. E envolvia meus quadris de um jeito...
Lá na frente vi um senhor discutir com o outro. Cliente e gerente pela demora na fila. Aumentei meu volume. Quanto mais alto, mais vontade eu tinha de ficar requebrando. Uma senhora gesticulava lá na frente, gritando com o gerente que se dirigia ao fundo na agência... A irritação despejava-se em cascata. Efeito dominó ou sei lá o quê, a agência toda em estado explosivo. Eu só sorria quietinha na minha. Achei aquilo tudo tão ridículo. As pessoas exigiam respeito, mas não tratavam ninguém com respeito. Fazia algum sentido isso? "Me respeite seu imbecil, filho da puta..." Não te parece irracional???
O clima estava tenso, mas eu estava tão feliz... Eu tinha duas opções: ou estragava o meu dia, ou iluminava o meu dia. Fiquei com a segunda opção. Lembrei de um texto que eu li (e faz tempo) sobre pessoas, lugares e situações vampíricas (essas que roubam a energia boa da gente), me imaginei envolvida por uma luz calma que me protegia, me mantendo livre de toda aquela antipatia e comecei a irradiar foi calor. Eu sorria. De graça. E a canção era tão boa...
Sorri pra criança no colo da mãe, pra mãe, pro senhor que estava perto delas, pra senhora qe estava atrás, pra menina que estava na frente. E cantarolava em árabe (imaginem o meu árabe!rs) a canção que eu ouvia... De vez em quando mexendo, de leve, os ombrinhos. Não foi planejado, foi espontâneo e só saía. Se alguém prestava atenção devia achar que eu era maluca. Minha energia só melhorava, eu só ganhava alegria. Me senti como naquele conto LINDO do Drummond (que nunca mais encontrei... alguém sabe qual é?) em que alguém canta no trem, colorindo seu dia. A criança começou a sorrir comigo, e logo em seguida a mãe. Uns dois mocinhos do final da fila olhavam interessados sorrindo também. E logo depois a vigia. Acho que a vigia achou tão legal que veio puxar papo commigo na fila "a senhora vai pagar contas?". Achei mais curioso ainda quando percebi que a energia das pessoas que me circundavam havia se alterado drasticamente também. Eu não sei ao certo quanto tempo eu fiquei ali, mas a sensação que tive foi a de que não passei mais de quinze minutos.
Voltei cantando pra casa, feliz, feliz. Tom Jobim e Elis Regina. E o resto do meu dia foi o máximo.
No mais, será que a felicidade é mais que uma questão de atitude? De prisma? De olhar? Eu não sei. Mas felicidade é sim um espiríto do qual devemos nos embeber HOJE. Você pode se estressar, você pode não se estressar. Você pode decidir se irritar, ou apenas seguir adiante. E então o que vai ser?
Decida ser feliz. AGORA.
Quer saber quem escreveu esse texto?
Elenita Rodrigues a ex bbb e eu adorei ela é uma otima escritora tudo faz sentido.
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